Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
Na esquina do tempo o tempo torna-se um Presidiário da solidão e de um apocalíptico Silêncio ousado, improvisado…tão aprumado
Na esquina do tempo as noites sucumbem desanimadas As horas, essas encenam elípticas emoções desgarradas Todas as gravíticas palavras pairam numa estrofe dispersada
Na esquina do tempo a vida acantona-se no cadafalso dos Lamentos fiéis, angustiantes e genuinamente equivocados Um sepulcral silêncio namorisca o epitáfio dos sonhos dizimados
Na esquina do tempo uma fluorescência intermitente contorna Todas as escuridões poluídas por mil breus ali enxotados Neuróticos e apoteóticos os pensamentos perduram mais exaltados