INTRODUÇÃO AO LIVRO SONETOS DA ILHA DO AMOR
Ao tratar do tema Sonetos da Ilha do amor, me vem a felicidade de haver realizado mais uma obra magnífica e especificamente, nesta posso homenagear uma terra tropical e de eterna magia, conhecida como a Ilha do amor e Atenas brasileira, ou seja, São Luís do Maranhão que é Patrimônio Cultural da Humanidade, nos encanta com suas casas entalhadas pela tradicionalidade portuguesa, trazendo o que há de moderno na cidade, parecendo contrastar com o que vemos nas construções, de uma beleza exuberante e clássica, no registro das marcas significantes em sua arquitetura pelas nuances da arte barroca; ver os designes dos azulejos que vigoram e os entalhes das pedras portuguesas, muito nos encanta, com sua exuberante paisagem e belos desenhos arquitetônicos, a cidade também conhecida como a do Reggae, nossa Jamaica brasileira. Esta terra tem tantos encantos, que apesar de haver este poeta se apaixonado por tantos lugares paradisíacos, como a encantadora cidade do interior Barreirinhas, onde nos dá acesso para ir aos Lençóis Maranhenses, lugar de uma visão espetacular e imperdível, formado por lagoas de águas cristalinas, que brota da própria terra e das águas da chuva. Além de lugares de belos rios e praias como Santo Amaro, Atins, Caburé, Mandacaru, onde visitamos o seu farol, e outros lugares que conhecemos de carro de tração 4 x 4, bugres, barcos, lanchas numa tremenda aventura por caminhos e trilhas emocionantes, na expectativa de chegar, e vislumbrar tão bela natureza feita por Deus. Sim! Poderia eu me alongar para falar de São Luís e seus encantos, deveras me desculpe a licença poética, de ser eu o carioca mais maranhense, que se autonomeia apaixonado por aquela região, e por ter uma amada que bem representa pela beleza nativa que tem e costumo dizer ser a minha Gabriela, como assim em seu romance a citou Jorge Amado, eu neste livro exalto a ancestralidade indígena da minha amada Edilene, esposa que me inspira e contribui para combinar duas potência incríveis que há no lugar donde ela nasceu, o que ela simboliza e o que São luís do Maranhão representa para todos nós brasileiros, como tantos outros Estados do Nordeste, que amo de paixão. E, como não podia deixar de ser, além de pegar carona com a descrição brilhante da eloquente jornalista que falou das belezas naturais e tradicionais desse lugar espetacular, não poderia deixar de citar aqui na integra o poeta maranhense Gonçalves Dias (da fase romântica), o poema CANÇÃO DO EXÍLIO:
Minha terra tem palmeiras,
Onde Canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite.
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores.
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Bom! Chegar até aqui já seria o suficiente, mas não poderia deixar de registrar acerca do soneto de abertura deste livro que é o Cafofinho da Tia Dica, resolvi também homenagear o restaurante dela, que é uma das referências do Bairro Reviver, a poucos metros do Teatro Odylo Costa Filho, outro poeta de minha predileção, dentre tantos, que conheço por livros como Nauro Machado, Salgado Maranhão, José Chagas, Bandeira Tribuzzi, Luis Augusto Cassas e outros, que inclusive fazem parte do meu acervo literário, são muitos deles, meus mestres na poesia e na vida rsrsrsrs.
Falar de tia Dica é falar de sua história, sua forma acolhedora e reveladora de ser gente do povo, grande anfitriã, de minha esposa não é prima, é uma irmã que supera inclusive a relação de muitas irmãs de sangue, sim! Sangue nas veias, da força da mulher nordestina, mulher guerreira.
No restaurante, que fica no Reviver, cujo nome já diz tudo, e nos leva no tempo das coisas boas a provar uma culinária maravilhosa, que todas às vezes que vou lá, prepara o fabuloso “arroz do mar”, regado a posta de peixe e camarões, suspeito sou de dizer que é uma das iguarias fabulosas, ainda por cima lembra de servir a este poeta e sua amada, um musse de bacuri, por conta da casa rsrsrs. Se aqui depois de tudo não fizesse tal menção, se não registrasse tudo isso, eu não seria menos admirado por Dica e seu povo, mas ficaria faltando alguma coisa, como falar de uma rosa sem as pétalas.
O Cafofinho da Tia Dica, não é só um estabelecimento comercial, mas um local de refúgio para os enamorados e um jardim das delícias para quem é um eterno sonhador. Deveras, pode ter no mesmo local, outros estabelecimentos, até mais sofisticados, mas não quero! Quero o que há de simples e acolhedor, daquele cheiro bom de comida caseira, que nos conduz pelo aroma gostoso a ir flutuando como nos desenhos animados, a chegar nesse lugar que é um porto seguro da boa comida maranhense, pelo cuidado e limpeza do ambiente, e como não podia deixar de ser simpatia e bom atendimento, que faz o diferencial do meu e nosso Estado do Maranhão.
Certamente, que para finalizar e para coroar esta relação, com tudo que foi dito até aqui, falar também de uma pessoa muito especial, a musa maranhense, de tanta coisa que falei... nela se resume numa expressão de amor, numa expressão de vida, a mulher que me conquistou e me apresentou a terra do amor e dos prazeres, a sua Ilha
do Amor, minha amazona, por ser guerreira, como ela só é, e representa nos versos que componho ao longo dos anos de inspiração, cada mulher desse imenso Brasil.
Embora tenha sido escolhida por Deus, reinar com sua beleza natural em São Luís do Maranhão. Nela, a terra, o sol, o mar e o luar são ingredientes de luz, amor e poesia, equivalência de força e sensibilidade, naturalidade e frescor que vem das dunas dos lençóis maranhenses, no limite de minha inspiração, no marco da minha paixão, por ser tão caprichosa e gentil. Edilene Damasceno Cabral da Silva, tem a pele cor de jambo, olhos da imensidão da noite, com detalhes do brilho do luar e o seu riso, demonstra os dentes da brancura das dunas de lá, embora não seja nem branca nem morena, diria ser castanha na cor, a trato carinhosamente de “minha preta”, conforme a poesia que subscrevo.
Sim, reúne a miscigenação das três belas raças em si, a negra, a branca e a índia, não necessariamente nessa ordem, se José de Alencar elegeu Iracema, Jorge Amado, a Gabriela, eu fecho o meu discurso com uma poesia em sua homenagem, como referência de mulher nordestina, e representante real de sua classe e sua raça:
MINHA PRETA
A preta
que eu tenho é a coisa mais linda
e a chama do meu amor arde por ela
parece a namoradeira numa janela
traz no olhar esperança
que não finda!
Esta preta
que gosta do balanço
da rede desse seu doce viver...
meu Deus fico feliz só de ver
a delícia do ritmo do seu descanso.
Ela tem os atributos das belas mulatas
quando desfila na sala só para mim
sou jardineiro do seu florido jardim!
Mas o amor desta preta inda me mata
na rede ou fora dela sabe tanto gozar
a vida muito além de sentir só prazer...
que arte é vê-la toda se derreter
sabendo amor receber
da mesma forma que sabe
amar!
Esta preta
se faz todinha dengosa
tão faceira e feliz me enche de luz
sem mesmo perceber o quanto seduz
dos pés a cabeça é natural ser gostosa
uma preta assim eu a vi primeiro;
agora se fez a dona do meu coração
sendo eterno tema de uma canção
por me conquistar de janeiro
a janeiro!
Minha preta
meu Deus tem uma cor
que se destaca entre todas as cores
se no buquê é a mais linda das flores
além de ser perita na arte
do amor.
Denilson Marques - Rj, em 17 nov 19
Minha terra tem palmeiras,
Onde Canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite.
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores.
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Bom! Chegar até aqui já seria o suficiente, mas não poderia deixar de registrar acerca do soneto de abertura deste livro que é o Cafofinho da Tia Dica, resolvi também homenagear o restaurante dela, que é uma das referências do Bairro Reviver, a poucos metros do Teatro Odylo Costa Filho, outro poeta de minha predileção, dentre tantos, que conheço por livros como Nauro Machado, Salgado Maranhão, José Chagas, Bandeira Tribuzzi, Luis Augusto Cassas e outros, que inclusive fazem parte do meu acervo literário, são muitos deles, meus mestres na poesia e na vida rsrsrsrs.
Falar de tia Dica é falar de sua história, sua forma acolhedora e reveladora de ser gente do povo, grande anfitriã, de minha esposa não é prima, é uma irmã que supera inclusive a relação de muitas irmãs de sangue, sim! Sangue nas veias, da força da mulher nordestina, mulher guerreira.
No restaurante, que fica no Reviver, cujo nome já diz tudo, e nos leva no tempo das coisas boas a provar uma culinária maravilhosa, que todas às vezes que vou lá, prepara o fabuloso “arroz do mar”, regado a posta de peixe e camarões, suspeito sou de dizer que é uma das iguarias fabulosas, ainda por cima lembra de servir a este poeta e sua amada, um musse de bacuri, por conta da casa rsrsrs. Se aqui depois de tudo não fizesse tal menção, se não registrasse tudo isso, eu não seria menos admirado por Dica e seu povo, mas ficaria faltando alguma coisa, como falar de uma rosa sem as pétalas.
O Cafofinho da Tia Dica, não é só um estabelecimento comercial, mas um local de refúgio para os enamorados e um jardim das delícias para quem é um eterno sonhador. Deveras, pode ter no mesmo local, outros estabelecimentos, até mais sofisticados, mas não quero! Quero o que há de simples e acolhedor, daquele cheiro bom de comida caseira, que nos conduz pelo aroma gostoso a ir flutuando como nos desenhos animados, a chegar nesse lugar que é um porto seguro da boa comida maranhense, pelo cuidado e limpeza do ambiente, e como não podia deixar de ser simpatia e bom atendimento, que faz o diferencial do meu e nosso Estado do Maranhão.
Certamente, que para finalizar e para coroar esta relação, com tudo que foi dito até aqui, falar também de uma pessoa muito especial, a musa maranhense, de tanta coisa que falei... nela se resume numa expressão de amor, numa expressão de vida, a mulher que me conquistou e me apresentou a terra do amor e dos prazeres, a sua Ilha
do Amor, minha amazona, por ser guerreira, como ela só é, e representa nos versos que componho ao longo dos anos de inspiração, cada mulher desse imenso Brasil.
Embora tenha sido escolhida por Deus, reinar com sua beleza natural em São Luís do Maranhão. Nela, a terra, o sol, o mar e o luar são ingredientes de luz, amor e poesia, equivalência de força e sensibilidade, naturalidade e frescor que vem das dunas dos lençóis maranhenses, no limite de minha inspiração, no marco da minha paixão, por ser tão caprichosa e gentil. Edilene Damasceno Cabral da Silva, tem a pele cor de jambo, olhos da imensidão da noite, com detalhes do brilho do luar e o seu riso, demonstra os dentes da brancura das dunas de lá, embora não seja nem branca nem morena, diria ser castanha na cor, a trato carinhosamente de “minha preta”, conforme a poesia que subscrevo.
Sim, reúne a miscigenação das três belas raças em si, a negra, a branca e a índia, não necessariamente nessa ordem, se José de Alencar elegeu Iracema, Jorge Amado, a Gabriela, eu fecho o meu discurso com uma poesia em sua homenagem, como referência de mulher nordestina, e representante real de sua classe e sua raça:
MINHA PRETA
A preta
que eu tenho é a coisa mais linda
e a chama do meu amor arde por ela
parece a namoradeira numa janela
traz no olhar esperança
que não finda!
Esta preta
que gosta do balanço
da rede desse seu doce viver...
meu Deus fico feliz só de ver
a delícia do ritmo do seu descanso.
Ela tem os atributos das belas mulatas
quando desfila na sala só para mim
sou jardineiro do seu florido jardim!
Mas o amor desta preta inda me mata
na rede ou fora dela sabe tanto gozar
a vida muito além de sentir só prazer...
que arte é vê-la toda se derreter
sabendo amor receber
da mesma forma que sabe
amar!
Esta preta
se faz todinha dengosa
tão faceira e feliz me enche de luz
sem mesmo perceber o quanto seduz
dos pés a cabeça é natural ser gostosa
uma preta assim eu a vi primeiro;
agora se fez a dona do meu coração
sendo eterno tema de uma canção
por me conquistar de janeiro
a janeiro!
Minha preta
meu Deus tem uma cor
que se destaca entre todas as cores
se no buquê é a mais linda das flores
além de ser perita na arte
do amor.
Denilson Marques - Rj, em 17 nov 19
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