Sirlânio Jorge Dias Gomes (R)

Sirlânio Jorge Dias Gomes (R)
Um homem apaixonado por poesia.
Nasceu a 14 Abril 1972 (Minas Gerais)
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Senzala

Fastio de horrores,
Palcos silencioso de dores,
Corações ensanguentados,
Estirados em desonra;
Caos de almas sofridas,
Zombaria de seres empedernidos.
Quem te feriu?
Filhos adotivos da cobiça!
Cordões umbilicais dilacerados,
Povo em ódio encarcerado,
Não há rima neste poema,
Dilema dos desesperados.
Não há beleza,
Nesta inocência de raízes cortadas,
Estes versos escarlate,
Disparate em corpos mutilados,
Passado e presente descontente,
Preconceitos envolventes,
De razões incoerentes.
Pastos de gentes sem pudores,
Sem alma que os sustente,
Ignorâncias pertinentes,
Vomitando insanidades,
Senzalas dos povos,
De todos os dias,
Gentilezas disfarçadas em covardia.
Choros eloquentes ecoam,
Sem ter quem os escute,
Morrendo sem causa e direitos,
Em sepulturas vazias,
Profanadas do amor em suas vidas.