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um instante ou uma eternidade...

Invade-me um nó de inquietude
dias silenciosos sem piedade
solidão que já me aturde
A palavra pesa e logo a saudade.
E a vida é uma solitária esquina
uma viagem peregrina,
uma torrente de chamas bruxeleantes
onde a memória obscura
é fogueira mortiça.

Nada será como dantes
sou como borboleta pisada
de asa amarrotada.
Desventura!
Só a lembrança me atiça,
me prende
nas manhãs radiosas, ou
nas tardes agonizantes.
Regresso então ao meu lugar
em bico de pés, em passos de
bailarina
para o sonho não acordar.

Levo a mão ao coração
e o pensamento no ar
e sou de novo menina
E é então...!
Que surge a lua prateada
banhando-me de raios ametistas
Ah! Como me sinto amada, abençoada!
E a vida me segreda...Não desistas!

natalia nuno
rosafogo