O piar agudo das andorinhas no fecho do dia voando em bando sobre os telhados e as árvores a perseguir os insetos que apanham graciosamente no ar enquanto as ruas da cidade se esvaziam.
Concentro-me nesse som apenas e por ele me deixo levar aqui bem dentro a ecoar: prriii grriii prriii grriii!
Cruzam-se rápidas no seu voo rasante curvas negras que surgem de toda a parte até se irem dissipando quando a luz dos candeeiros desenha as sombras da noite.
Andorinhas da minha mocidade dos ninhos nos beirais num voo de saudade.