Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…
A saudade empoleirada numa prateleira Da solidão namora aquela lembrança Trajada de amor, fé e muita perseverança
Este silêncio inesquecível pranteia até Encobrir cada penumbra da noite que além Estrangula a escuridão farta e rapinante
Gomos de luz ainda atrofiados, escondem-se Num luminescente momento de prazer alucinante Qual archote de emoções ardendo, ardendo flamejante
Acostada à beira da maresia que nos afoga assim Tão extravagante, espero pacientemente aquela onda Que marulha carinhosamente ali tão silenciosamente
Na morada dos tempos idos recordo aquele sorriso Escondido numa hora amordaçada, batendo em retirada Após endoidecer o coração repleto de palavras desvairadas