

ERIMAR LOPES
Mil Santas palavras constroem, mas as ditas malignamente corroem e, se são fracas as bases, a essas destroem.
1971-05-10 Frei Inocêncio-MG
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QUEM ME VÊ ASSIM
Quem me vê assim, não sabe nada de mim. Quem imagina o que sou, de onde venho, para aonde vou, está se confundindo, se iludindo, no meu caminho ninguém nunca andou. Quem não sabe quem sou? Quem nunca perguntou? Não sou precipício, nem fome, nem vício, tampouco tenho um nome derivado do exercício que nos consome, não tenho codinome. Quem me fez assim sabe tudo de mim. Agora, se livre da curiosidade e fique de fora, abra bem os seus olhos para que não tropeces, e vá embora seguindo o seu próprio caminho sem vaidades e desalinho. Não ficaria comigo por favor. Não teria ninguém. Não me levaria para aonde você for, se não me levasse te diria amém! Não tenho bens, não tenho lar, mas também tenho razão para não os dar. Faça-me chorar te implorando para que me queira levar. A minha aparência não testifica a verdade, mas o meu coração está cheio de bondade. Não Prometo que não te daria trabalho, não te seria pesado, não te seria falho. Diga que não me quer contigo, te daria também amor amigo, você poderia receber, eu posso ver e sentir, não seja esnobe, não estou por fingir. Eu corri tanto para chegar até aqui, sei que não me conhece bem e não viveu o que eu vivi. Por isto não insisto se por teus olhos eu sou visto um colibri, tão ágil e tão frágil, sugando o néctar das flores voando aqui e ali.
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