Entre as trevas da noite renascem tantas
Escuridões, abominosas, quase ardilosas
Pranteiam sobre uma casta rima mais facciosa
As luminescências que assomam além esbatem-se
Na fronteira das lágrimas caindo lamentosas
Navegam a bordo das tristezas sempre tão cobiçosas
Quando o silêncio ecoa e se torna grandioso com
Suaves cânticos a noite apazigua uma hora milagrosa
Eternizada por uma gargalhada feliz e prazerosa
Quando o silêncio apregoa a solidão o tempo
De mansinho embrulha-se num redemoinho de
Emoções gigantescas... sempre em desalinho
Frederico de Castro