ERIMAR LOPES

Eu sou o pão que sacia a tua fome
Também a água que mata a tua sede
O filho de Deus, Jesus é meu nome
Para tua redenção lanço minha rede.

Do aprisco das ovelhas eu Sou a porta
As dei minha vida de forma tamanha
O meu aprisco a todas elas comporta
E as protejo do lobo e sua artimanha.

Sou o caminho, a verdade, e a vida
A paz jamais encontrada no mundo
Vivo a procura de uma ovelha perdida
Para acolhê-la com amor profundo.

Sou a luz que aos homens ilumina
A estrela da manhã resplandecente
Venham a mim e verão no que culmina 
Salvação! Salvação! O teu presente.

Erimar Santos.

Como és meiga e dócil oh, solidão! Faz-me prudente, me disciplina, me ensina a ser mais gente, temente, abre os meus olhares, sigo em frente.

Sua fala me cala calmamente, seus conselhos absorvo mansamente, seus juízos executo atentamente, quando me abraça tudo passa rapidamente.

Solidão não te apartes de mim, as nossas conversas são assuntos afins, estou bem acompanhado contigo, em ti me abrigo, me suporte até o fim.

Ipatinga, 07/09/2018
Erimar Lopes.

Favos de mel
São as tuas caricias
Um doce céu
Num mar de delícias
É onde me encontro
Nos braços e beijos teus
Torno-me menino
Carente de amor
Levado por ti
Aonde queira que eu vá
Seguro de que vai me amar
Jamais me deixar
E me adocicar nos carinhos teus
Abelha rainha
Sou zangão perdido de amor por ti.

Eu preciso ir, necessito ser útil,
Nada importa agora neste momento,
É mister reorganizar,
A dura labuta no matrimônio,
Necessário é encontrar uma porta,
Um vão, uma janela em que entre luz,
Uma pequena fresta onde se possa respirar,
Falta ar, e me vejo atolando,
A instituição mais antiga,
Não pode naufragar.
Não é uma questão de escolha,
Ou de raciocínio lógico,
Mas de obrigação de querer amar.

Não vejo a hora de te encontrar e me confortar em teus braços, de olhar nos teus olhos e ver o brilho da tua límpida alma, acalmar o teu sorriso com os meus beijos, deitar no teu colo e recostar em teus seios.

Dizer que te amo, dizer que te amo, confessando a imensa falta que me faz, reivindicando o nosso tempo que ficou para trás, matando a saudade que a muito invade minha alma metade.

É teu amor que me alimenta, os teus carinhos que me fazem tão bem, sem você e eles eu não consigo ser ninguém. Estou nesta estrada voando, sonhando com a chegada, ansioso para ver a minha amada.

Na face do fácil há laço e ardil, na classe de baixo misérias a mil, no rosto de mosto desgosto se viu, na alma com trauma que embriagada caiu. Na floresta que resta tem festa bancada, há pobres que bebem e dormem em calçada. O luxo do lixo é lixa engrossada, o limo que lima a classe de classe folgada. No limbo o cachimbo prima a boca, a fome que consome e ela está sempre oca, que na labuta conduta do pobre se cobre, da miséria tão séria e louca. Um menino felino sem leite, mofino triste resiste ao destino, na crença desavença que vença o impostor, por comida, pela vida, pela droga do remédio, por algum valor, e não cresça no tédio vendo do alto os prédios, e o mundo não seja uma bandeja que sempre veja na televisão, onde o lixo é luxo e os sentidos alimentam o fluxo da imaginação.

Ipatinga, 04/05/2019
Erimar Santos

Eu vi no brilho e lacrimejar
Dos cansados olhos dela
Muito arrependimento
E humildade
Mas confesso que tive medo
De revelar a ela o meu segredo
Em dizer que a amo
Mantive isto em silêncio
A amo em segredo no meu coração
Tenho medo do passado remoto
Quem me garantiria transformação?
Quando o tempo fechar
Estaremos esperando chuva
Na dúvida
Melhor usar uma proteção.

Erimar Santos.

Menina que é flor desabrochando em primavera
Menina bonita nascida comigo na mesma era
Garota que encanta por suas belezas
Quem dera este moço pudesse te namorar
Menina que passa e me enche de graça
Que enche os meus olhos de puro sonhar
Ó bela e singela doçura do amor
Que me puxa e arrasta nas ondas do teu mar
Mas as correntes contrárias só me fazem afastar
Levando-me para longe.
Que tristeza pois ainda não sei nadar
Da maneira que te corresponde
Quando um dia eu puder te contar
Tudo guardado em meu coração
Espero este humilde moço escutar
Seus sentimentos e emoções.

Lágrimas que caem de olhos alheios dizem pra mim e para você o mais duro sofrer sem acudidos anseios. Lágrimas que caem dos olhos duma criança com fome e sem alimento, tampouco esperança.

Lágrimas que caem dos olhos dum velho capitão na seca terra chão, duns olhos petrificados que ouviu os seus soldados num choro desesperados pela perda dum irmão fardado.

Lágrimas que caem dos olhos duma donzela, a mais linda e mais bela por ver por entre os homens quando se faz a guerra seu querido e amado de todo alistado com o espírito preparado.

Lágrimas que caem dos olhos duma mãe, por um choro que não vai, pela tristeza que não sai pelo filho que se foi, com remorsos e dor intangível nas entranhas, no âmago uma batalha pela falha nos esforços.

Lágrimas que caem densas e turvas dos meus olhos, quando olho nos teus olhos e vejo lágrimas a cair, sentindo você partir dos amargos dessa vida como doce e sucumbida dos teus choros exaurir.