Altiva e perfumada em cetinoso trem Passeia uma mundana à luz da tarde quente, O seu olhar gelado onde se lê desdém Passeia pela rua, altivo e insolente.
Para ninguém abaixa o orgulhoso olhar; Passa o luxo da alta em luminoso traço; Parece não ouvir da rua o murmurar Que o seu olhar altivo é sempre triste e baço.
Nem o rir da criança ou o sorrir da luz Dão vida àquela sombra altiva que seduz A multidão absorta em roda, a murmurar...
Uma mendiga passa. É ’ma beleza ideal! Nasceu do seu olhar o céu de Portugal! ............................................................... Abaixa então a rica o luminoso olhar!