Manoel de Barros

Manoel de Barros

Manoel Wenceslau Leite de Barros é um poeta brasileiro do século XX, pertencente, cronologicamente à Geração de 45, mas formalmente ao Modernismo brasileiro, se situando mais próximo das vanguardas ...

1916-12-19 Cuiabá, Mato Grosso, Brasil
2014-11-13 Campo Grande
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Prémios e Movimentos

Jabuti 1990

Alguns Poemas

Exercícios Adjetivos

(...)

Rolinhas-casimiras

Rolas
pisam
a manhã
Lagartixas pastam
o sobrado
Um leque de peixe abana o rio
Meninos atrás de gralhas contraem piolhos de
cerrados

Um lagarto de pernas areientas
medra na beira de um livro

Adeus rolinhas-casimiras.

O poeta descerra um cardume de nuvens
A estrada se abre como um pertence

Vermelhas trevas

O veneno ingerido pela mosca deixa
a curta raiz de sua existência
exposta às vermelhas trevas

Silêncio rubro

Crista de silêncio rubro, o galo
com frisos gelados de adaga no bico
madruga a veredas batidas

Modos ávidos

Os modos ávidos de um caracol subir
a uma parede com nódoas de idade e chuvas:
é como viajar à nascente dos insetos

Visgo tátil

O visgo tátil do canto é como
a aranha que urde sua doce alfombra
nas orvalhadas vaginas das violetas

Os caramujos-flores

Os caramujos-flores são um ramo de caramujos
que só saem de noite para passear
De preferência procuram paredes sujas, onde se
pregam e se pastam
Não sabemos ao certo, aliás, se pastam eles
essas paredes
Ou se são por elas pastados
Provavelmente se compensem
Paredes e caramujos se entendem por devaneios
Difícil imaginar uma devoração mútua
Antes diria que usam de uma transubstanciação:
paredes emprestam seus musgos aos caramujos-flores
E os caramujos-flores às paredes sua gosma
Assim desabrocham como os bestegos

(...)


Publicado no livro Arranjos para Assobio (1982).

In: BARROS, Manoel de. Gramática expositiva do chão: poesia quase toda. Introd. Berta Waldman. Il. Poty. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 199

7 A Nossa Garça

Penso que têm nostalgia de mar estas garças pantaneiras. São
viúvas de Xaraiés? Alguma coisa em azul e profundidade lhes foi
arrancada. Há uma sombra de dor em seus vôos. Assim, quando vão de
regresso aos seus ninhos, enchem de entardecer os campos e os homens.
Sobre a dor dessa ave há uma outra versão, que eu sei. É a de
não ser ela uma ave canora. Pois que só grasna — como quem rasga uma
palavra.
De cantos portanto não é que se faz a beleza desses pássaros.
Mas de cores e movimentos. Lembram Modigliani. Produzem no céu
iluminuras. E propõem esculturas no ar.
A Elegância e o Branco devem muito às garças.
Chegam de onde a beleza nasceu?
Nos seus olhos nublados eu vejo a flora dos corixos. Insetos
de camalotes florejam de suas rêmiges. E andam pregadas em suas
carnes larvas de sapos.
Aqui seu vôo adquire raízes de brejo. Sua arte de ver caracóis
nos escuros da lama é um dom de brancura.
À força de brancuras a garça se escora em versos com lodo?
(Acho que estou querendo ver coisas demais nestas garças.
Insinuando contrastes (ou conciliações?) entre o puro e o impuro,
etc etc. Não estarei impregnando de peste humana esses passarinhos?
Que Deus os livre!)


Publicado no livro Livro de Pré-Coisas: Roteiro para uma Excursão Poética no Pantanal (1985). Poema integrante da série Pequena História Natural.

In: BARROS, Manoel de. Gramática expositiva do chão: poesia quase toda. Introd. Berta Waldman. Il. Poty. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 199

Na Rua Mário de Andrade

Na Rua Mário de Andrade
vou andar —
por ter sido Tarumã
e hoje ser Mário de Andrade

Ainda não sei onde é
mas vou procurar —
na rua Mário de Andrade
vou andar...

Vou ir com Macunaíma
rente às paredes
vou ir com Mário de Andrade

Ele, Mário, me diz: é preciso
flanar...
Eu digo a ele — ó Mário,
era o que eu ia te falar

É preciso flanar em ruas
— os passos levando sempre
para nenhum lugar

E Mário me diz: — Poeta,
nenhum-lugar é o melhor
lugar de um poeta chegar

Não há que ter nem começo
nem fim
essa antiga rua Tarumã

Como serão seus moradores?
Vou até lá
Saberão quem foi esse homem
bom — o da rua Lopes Chaves? Bem —
mas também ele não sabia
quem fora Lopes Chaves

Não há como não saber
quem foi o nome da rua
em que se morou ou vai morar

Se nome de gente, é bom
que ele desapareça
completamente

Não seja mais nem lembrança
nem a sombra de um homem
— como queria o poeta Bandeira

Talvez melhor conservar
rua Tarumã
mas vai ver que lá não existe
um pé de tarumã!
sequer uma criança
que conheça tarumã

(...)

Se houver flores nessa rua
Mário de Andrade — a todos nós
ela agradará

Se houver sobrados líricos
com janelas azuis ou verdes — pronto!
nada mais necessário será
para nutrir uns sonhos brancos...

(...)

Mas,
há de ser como ele foi
essa rua Mário de Andrade: simples
amiga — uma rua companheira —
uma grande alma de rua —

uma rua de óculos, de cara enorme
e de uma enorme ternura debaixo dos óculos...

Rua Mário de Andrade...


Publicado no livro Poesias (1956).

In: BARROS, Manoel de. Gramática expositiva do chão: poesia quase toda. Introd. Berta Waldman. Il. Poty. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 199

I Matéria da Poesia

1.
Todas as coisas cujos valores podem ser
disputados no cuspe à distância
servem para poesia

O homem que possui um pente
e uma árvore
serve para poesia
(...)

O que é bom para o lixo é bom para a poesia

Importante sobremaneira é a palavra repositório;
a palavra repositório eu conheço bem:
tem muitas repercussões
como um algibe entupido de silêncio
sabe a destroços

As coisas jogadas fora
têm grande importância
— como um homem jogado fora

Aliás é também objeto de poesia
saber qual o período médio
que um homem jogado fora
pode permanecer na terra sem nascerem
em sua boca as raízes da escória

As coisas sem importância são bens de poesia

Pois é assim que um chevrolé gosmento chega
ao poema, e as andorinhas de junho.

2.
Muito coisa se poderia fazer em favor da poesia:

a — Esfregar pedras na paisagem.
b — Perder a inteligência das coisas para vê-las.
(Colhida em Rimbaud)
c — Esconder-se por trás das palavras para mostrar-se.
d — Mesmo sem fome, comer as botas. O resto em
Carlitos.
e — Perguntar distraído: — O que há de você na
água?
f — Não usar colarinho duro. A fala de furnas brenhentas
de Mário-pega-sapo era nua. Por isso as
crianças e as putas do jardim o entendiam.
g — Nos versos mais transparentes enfiar pregos sujos,
terens de rua e de música, cisco de olho, moscas
de pensão...
h — Aprender a capinar com enxada cega.
i — Nos dias de lazer, compor um muro podre para
caramujos
j — Deixar os substantivos passarem anos no esterco,
deitados de barriga, até que eles possam carrear
para o poema um gosto de chão - como cabelos
desfeitos no chão — ou como o bule de Braque
— áspero de ferrugem, mistura de azuis e ouro
— um amarelo grosso de ouro da terra, carvão de
folhas.
l — Jogar pedrinhas nim moscas...
(...)

Imagem - 00780001


Publicado no livro Matéria de Poesia (1974).

In: BARROS, Manoel de. Gramática expositiva do chão: poesia quase toda. Introd. Berta Waldman. Il. Poty. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 199

Rome Page de Eduardo Lohmann

Uma Didática da Invenção

do "O Livro das Ignorãnças" ed. Civilização Brasileira.

I

Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:
a) Que o esplendor da manhã não se abre com
faca
b) 0 modo como as violetas preparam o dia
para morrer
c) Por que é que as borboletas de tarjas
vermelhas têm devoção por túmulos
d) Se o homem que toca de tarde sua existência
num fagote, tem salvação
e) Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega
mais ternura que um rio que flui entre 2
lagartos
f) Como pegar na voz de um peixe
g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.
Etc.
etc.
etc.
Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.

IV

No Tratado das Grandezas do Ínfimo estava
escrito:
Poesia é quando a tarde está competente para
Dálias.
É quando
Ao lado de um pardal o dia dorme antes.
Quando o homem faz sua primeira lagartixa
É quando um trevo assume a noite
E um sapo engole as auroras

IX

Para entrar em estado de árvore é preciso
partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer
em nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até
o mato sair na voz.

Hoje eu desenho o cheiro das árvores.

IX

O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa
era a imagem de um vidro mole que fazia uma
volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta
que o rio faz por trás de sua casa se chama
enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro
que fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.

Manoel de Barros (Cuiabá MT, 1916) publicou seu primeiro livro de poesia, Poemas Concebidos Sem Pecado, em 1937. Formou-se bacharel em Direito no Rio de Janeiro RJ, em 1941. Nas décadas seguintes publicou Face Imóvel (1942), Poesias (1946), Compêndio para Uso dos Pássaros (1961), Gramática Expositiva do Chão (1969), Matéria de Poesia (1974), O Guardador de Águas (1989), Retrato do Artista Quando Coisa (1998), O Fazedor de Amanhecer (2001), entre outros. A partir de 1960 passou trabalhar como fazendeiro e criador de gado em Campo Grande MS. Ao longo das décadas de 1980 e 1990 veio sua consagração como poeta. Em 1990 recebeu o Grande Prêmio da Crítica/Literatura, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte e o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro O Guardador de Águas, concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Manoel de Barros é um dos principais poetas contemporâneos do Brasil. Em sua obra, segundo a crítica Berta Waldman, "a eleição da pobreza, dos objetos que não têm valor de troca, dos homens desligados da produção (loucos, andarilhos, vagabundos, idiotas de estrada), formam um conjunto residual que é a sobra da sociedade capitalista; o que ela põe de lado, o poeta incorpora, trocando os sinais".
Manoel de Barros é um poeta sofisticado e complexo, dono de uma obra que, bem lida, mostra-se muito distante do rótulo intuitivista de  “Jeca Tatu do Pantanal” que lhe tentaram impingir. E é só por ser assim, sofisticado e complexo, que ele consegue alcançar um grau tão elevado de limpeza e simplicidade em seus versos, coisa não raras vezes confundida com a singeleza do vulgarmente fácil.
 
A despeito do sucesso que o tornaria nacionalmente conhecido somente após os 60 anos, ele próprio recusava as classificações redutoras que restringiam a universalidade de sua dicção: “eu não sou poeta ecológico, nem sou poeta do Pantanal”, dizia sem disfarçar seu incômodo com o rebaixamento folclórico. Leitor precoce de Antônio Vieira, Flaubert, Paul Valéry, Rimbaud e Wittgenstein, frequentador da Bienal de São Paulo e de museus em Nova York, admirador declarado de Monet, Van Gogh e Picasso, Manoel de Barros erigiu uma obra de fatura nitidamente cosmopolita. Entretanto, certa crítica literária rapidamente cuidou de apagar esse traço em prol de uma assimilação de sua voz a um topos naïf e regionalista, um movimento até razoavelmente compreensível pelas dificuldades em se lidar com diversos elementos singulares de sua poética. Enumero aqui rapidamente alguns que penso merecer destaque e pesquisa aprofundada: (1) a busca de uma expressão adâmica tanto no primitivismo rupestre como na peculiaridade gerativa da aquisição das competências linguísticas pela gramática infantil (Chomsky); (2) a deliberada injeção de sentidos antropomórficos na natureza, sobretudo em paisagens e biomas nos quais a força da água e da vegetação estimula uma melancolia diante do apequenamento da obra humana prestes a ser engolida pelo ambiente (a tapera devorada pelo mato e pelas cheias); (3) o silêncio e o isolamento no deserto social formado pela rarefação demográfica do mundo rural brasileiro da primeira metade do século XX (o ermo como lugar de decomposição e abandono: o cisco, o lixo, a lata enferrujada e a conversa com as coisas e os bichos); (4) o caráter extraordinariamente lúdico da arenga dos loucos do campo, cuja pureza ingênua alcança, inclusive, a comunicação com os pássaros (Bernardo da Mata, o bocó que é quase árvore); (5) a instigante paleta de metáforas, metonímias e analogias que os seus recursos de zoomorfização acionam (suas celebérrimas referências à lesma, à rã, ao cágado e aos pronomes do tuiuiú [tu/you/you], entre outras); (6) um acordo sempre tenso e muitíssimo negociado entre os registros da tradição erudita, as falas indígenas e as gambiarras de ouro do povo-inventalínguas (sem fugir dos inevitáveis paralelos com Guimarães Rosa, destaco a frequência de gauchismos no seu léxico, seguramente oriundos da migração sul-rio-grandense para o Mato Grosso, que remonta ao século XVIII); e ainda (7) uma perspectiva finamente irônica e analítica em relação às estruturas predicativas e sintáticas do idioma, a sua incessante busca daquele efeito de “desencontro da palavra com a ideia” (o “alicate cremoso” e a censura ao pragmatismo promovida por seus “inutensílios”).
 
Em pleno labirinto de espelhos zooantropomórficos, a perplexidade instaurada por esse desencontro entre a palavra e a ideia é conquistada graças a uma cautelosa (des)articulação entre termos e coisas. No livrinho de poemas que publiquei em 2005,  deixei no seu prefácio a seguinte pista sobre isso que talvez seja o grande estratagema da poesia manoelina: “nessa época tão cheia de amores pela ciência, nem seria de todo estranho se alguma teoria neurológica procurasse explicar a poesia de Manoel de Barros segundo os impulsos de uma machine à émouvoir regulada pelas incongruências que provocam o pico N400 em nosso cérebro.”.
 
Explicação: domínio da ciência com o qual estão comprometidas tanto a crítica literária como a linguística. Explicação: ato que procura tornar inteligível o efeito estético de um poema, procedimento este regularmente fracassado diante de obras extraordinárias.
 
Mas como analisar e fruir não são coisas que se excluem, a poesia de Manoel de Barros segue à espera de mais leitores e de novas abordagens que se ponham à altura dessa sua instigante originalidade, forjada por um amálgama raro entre linguagem, espacialidade e emoções.
 
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euskadia
Vai pois, poema, procura a voz literal que desocultamente fala sob tanta literatura. Se a escutares, porém, tapa os ouvidos, porque pela primeira vez estás sozinho. Regressa então, se puderes, pelo caminho das interpretações e dos sentidos. Mas não olhes para trás, não olhes para trás, ou jamais te perderás, e o teu canto, insensato, será feito só de melancolia e de despeito.... A partir de António Manuel Pina, eu redescrevi a essência daquilo que lhe perscrutei
06/agosto/2020

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