Mário Simões Dias

Frequentou o seminário, fez o curso do Magistério Primário, licenciou-se em Filosofia pela Universidade Católica, com a tese José Liberato Freire de Carvalho (1772-1855): Vida, Obra e Pensamento, e fez o curso de Ciências Pedagógicas da Faculdade de Letras, onde também fez cadeiras de Psicologia e de História de Portugal. Foi chefe de redacção da revista Estudos e colaborou no Diário de Lourenço Marques. Violinista, musicógrafo e poeta.O facto de ter perdido a vista aos dez anos não impediu que completasse uma excelente formação musical e literária. Iniciou os estudos de violino em Lisboa com Francisco Benetó, apresentando-se pela primeira vez em público em 1925. No ano seguinte, seguiu para Paris, onde, durante três anos, aprofundou os seus conhecimentos musicais ao mesmo tempo que dava concertos na capital e noutras cidades da França. De regresso a Portugal, completou o curso de violino no Conservatório de Lisboa, com 20 valores, fixando-se em Coimbra. Nesta cidade, colabora na fundação em 1929 da Academia de Música, à qual sucedeu em 1934 o Instituto de Música, tendo naquelas duas escolas ensinado Ciências Musicais e Violino enquanto prosseguia a carreira de concertista.A sua actividade como docente e divulgador alargou-se a conferências e a cursos de férias promovidos pela Universidade de Coimbra e a palestras difundidas pela Emissora Nacional. Tem artigos sobre temas da ciência e da história da música dispersos por vários jornais e revistas, nomeadamente no suplemento «Cultura e Arte» de O Comércio do Porto e nas revistas Estudos, Rumo e Gazeta Musical e de Todas as Artes. É membro do Instituto de Coimbra.