Nos corpos negros,
a dança desponta,
pelas encruzilhadas do Recôncavo.
Exu atravessa cada gesto,
na ressonância do tambor,
na intensidade do banzo.
A terra ecoa
movimentos de insurgências,
na melodia de sorrisos
e lágrimas entrelaçadas.
Cada movimento é um sopro vital,
na dança geracional que persiste.
Os pés que roçam a poeira
transportam memórias que reluzem.
Exu habita o entrecruzar dos caminhos.
Na encruzilhada
entre esperança e desesperança,
o corpo negro baila.