Oh! Natureza, és bela, és forte, és vida,
Para mim, és beleza, para os animais, és morada;
Para as plantas, és lugar, para o vento, és repouso
De Deus, sois criação, aos povos originários, contemplação, és cultura
No ano és estações: inverno, primavera, verão, outono;
Tu és paz, tu és mãe, tu és reconstrução.
Aos filósofos foi espanto, princípio de investigação;
A mim, és encanto e passagem para a ressurreição,
Na religião, és “casa comum”, cosmo da “ecologia integral”,
Na arte, és imagem, na música melodia, na física és realidade
Na ciência, és exploração, na química, elementos
Para alguns, és pura, para outros, és ambição.
Aos ricos, és destruição, desmatamento, apropriação
Aos pobres, és alimento, fartura e descanso
No Nordeste, és Mata, Cerrado, Caatinga, és Atlântica
És agreste, és sertão, és chapada, és gruta, és também explorada
És calor, mormaço, és amor, ao povo que sofre nas mãos dos charlatões.
No Norte, és Amazônia, maternidade ancestral, és biodiversidade
És pulmão dos continentes, ecossistemas, tropical e úmida
És florestas, várzeas, savanas, és rios, lagos e igarapés
És minerada, és adoentada pelo homem esclerocardico
Mesmo assim, és Amazônia, és Negro e Solimões.
No Sudeste, és plantação, és serra e litoral
No Centro-Oeste, és Pantanal; triste que és exportação
No Sul, és subtropical, és fria, és planaltos, depressões e planícies
Mas tu mesmo és natura, curso das coisas, és o próprio universo
Tu és essencial para toda existência dos seres vivos, tu és geradora,
És contemporânea, já fora moderna, medieval e antiga,
Mas sempre foi e sempre será ancestral.
Everson Francisco da Hora Silva