

Alexandre Rodrigues da Costa
Alexandre Rodrigues da Costa possui graduação em Letras pela UFMG (1997), mestrado em Letras pela UFMG, e doutorado em Letras pela UFMG.
1972-01-25 Belo Horizonte
18771
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ANTIMATÉRIA
Talvez seja impossível explicar ao cego
qual o sentido de “to boldly
go where no man has gone before”,
se a legenda antecede todos os movimentos
e não deixa que, clara,
a imagem
se traduza.
Em vão tentaremos descrever a geometria do espaço,
a cor, a forma e a medida das coisas
que se perdem no feixe
de luz. É sempre abstrato
transmitir a sensação de ver
a matéria desintegrando-se, sem lamento,
e impalpável aparecer em outro lugar.
Poderíamos assustá-lo com alguma dor.
Mas o universo não cessa. As imperfeições ultrapassam
os efeitos
e as passagens estreitas mostram que, quando um objeto
envelhece, por dentro
o silêncio supera
o medo.
Isso não quer dizer que expomos nossos corpos ao sol.
qual o sentido de “to boldly
go where no man has gone before”,
se a legenda antecede todos os movimentos
e não deixa que, clara,
a imagem
se traduza.
Em vão tentaremos descrever a geometria do espaço,
a cor, a forma e a medida das coisas
que se perdem no feixe
de luz. É sempre abstrato
transmitir a sensação de ver
a matéria desintegrando-se, sem lamento,
e impalpável aparecer em outro lugar.
Poderíamos assustá-lo com alguma dor.
Mas o universo não cessa. As imperfeições ultrapassam
os efeitos
e as passagens estreitas mostram que, quando um objeto
envelhece, por dentro
o silêncio supera
o medo.
Isso não quer dizer que expomos nossos corpos ao sol.
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