

Alexandre Rodrigues da Costa
Alexandre Rodrigues da Costa possui graduação em Letras pela UFMG (1997), mestrado em Letras pela UFMG, e doutorado em Letras pela UFMG.
1972-01-25 Belo Horizonte
15881
3
6
ALGUMA COISA PARA SE FAZER COM A MORTE
O olho quer vagar,
fixar a luz que escapa e se opõe
a cada um de nossos instantes.
O objeto mais familiar
torna-se diferente,
a trama,
mais confusa,
se divididos contra nós mesmos,
nos afastamos do desprezo.
Como primeiro transe de uma lâmina
posta a nu, seria errado olhar
para trás e descobrir, calados,
o que nos denuncia.
Sob tais condições, os personagens,
à nossa frente,
não questionam os segundos quase tangíveis,
as exigências que se repetem em estranheza
e pontuam os intervalos
com acontecimentos a esmo.
Suportam, aceitam
o que veem,
sem esquecer seus nomes,
a sinceridade com que se matam
em silêncio.
fixar a luz que escapa e se opõe
a cada um de nossos instantes.
O objeto mais familiar
torna-se diferente,
a trama,
mais confusa,
se divididos contra nós mesmos,
nos afastamos do desprezo.
Como primeiro transe de uma lâmina
posta a nu, seria errado olhar
para trás e descobrir, calados,
o que nos denuncia.
Sob tais condições, os personagens,
à nossa frente,
não questionam os segundos quase tangíveis,
as exigências que se repetem em estranheza
e pontuam os intervalos
com acontecimentos a esmo.
Suportam, aceitam
o que veem,
sem esquecer seus nomes,
a sinceridade com que se matam
em silêncio.
166
0
Mais como isto
Ver também