293 – CÁRCERE PRIVADO

O cárcere privado em que me escondo
Tem sido a solidão em que me prendo,
Cadeia em que não me estivesse vendo
Enquanto lá eu me estivesse expondo.

Lá: cela em que o silêncio faz estrondo,
Prisão de escuridão que não acendo,
Masmorra fria de pavor tremendo,
E calabouço reles e hediondo.

Não verei nem o sol quadrado e lindo
E nem me tocará seu raio brando
Enquanto lá eu me estiver punindo.

De lá serei liberto – não sei quando.
Porém, enquanto eu me sentir bem vindo
Lá dentro eu sempre me estarei trancando.

(Autor: Eden Santos Oliveira. Escrito em 05/10/2020)
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