ArutanaCoberio

Juiz de direito aposentado - Não sou poeta, mas faço algumas tentativas

1941-09-21
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MEU 15 DE SETEMBRO

MEU 15 DE SETEMBRO
 
Berlim/DDR 15 de setembro de 1974
 
Hoje são quinze.
Poderia ser onze, sete ou vinte e um,
Ou qualquer data.
Não sei o porquê?
Mas esta data me dói e me fascina.
Talvez sejam quatro depois do onze?
Ou serão seis antes do vinte um?
Não sei?
E não me importa.
Este é o meu quinze de lhe dou nome
Maria, José ou Antonieta?
Não.
O chamarei de SUSI.
O “esse” que me lembra o socialismo.
A sua beleza de amor juvenil,
Visão futuro.
Muitos felizes e sem pobreza.
“U”, símbolo da unidade
União de cantos, amores e vidas.
Nele se sentem todos juntos e de uma só vez
A dor, angústia, delírio e prazeres.
O outro “esse” me recorda o sangue
Sangue de povos que lutam por liberdade
Sangue-operário
Sangue-estudante e camponês.
Sangue de dor de corações cindidos
De folhas mortas que ainda respiram
Sangue de amor, desrespeitado e humilhado.
Vejo sua imagem.
Pernas frágeis por mão sendo amparada.
Cabelos negros ao vendo assoviando
Sorriso largo.
Lábios de seda que beijam com ternura
Mão fortes, as que sabem acariciar e amar.
Quem es tu, SUSI?
Uma Santiago do Chile hoje sofrido e massacrado?
Ou uma Brasília, por verde-oliva ocupada?
Quem es tu?
Talvez um mundo...
Uma mulher...
Uma flor...
Ou apenas o meu sonhar?
 
Arutãna Cobério
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