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Sou paulista e, desde criança, me interessei pelo grande acervo de possibilidades literárias.

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origem dos poemas: laços infantis, reputação, cidades infinitas e #33


laços infantis:
 em 2020, eu tive o imenso prazer em dividir a minha quarentena com uma pessoa muito especial: a Estrela. eu não tenho palavras pra descrever o quanto aquela cachorrinha me dava inspiração. além de tudo, por causa de uma má formação, ela não tinha um olhinho e eu não sei o porquê, mas isso fazia ela ser mais elegante e mais ela. a gente não sabe como, mas em outurbro, ela morre e a dor foi tão grande, porque, todo sábado, praticamente, eu via algum filme com ela e ligava os piscas-piscas do meu quarto. depois da morte dela, esses atos foram tão dolorosos que eu até parei de fazer isso. concluindo, esse poema é uma homengem a ela e a todos os momentos que tivemos juntos. ela é inesquecível e eu ainda sinto falta dela mordendo meu nariz enquanto eu dormia.

reputação: "reputação" foi um poema em que eu escrevi pensando, exclusivamente, na minha reputação (kkk). na verdade, essa coletânea gira entorno das palavras "medo", "reputação" e imagem. por isso, eu escrevi um poema que descreve o sentimento de perceber que a sua imagem, em pouco tempo, foi destruída, a ponto de ter sido deixada em ruínas. ter uma má reputação é horrível, você não pode fazer nada, porque as pessoas sempre vão achar que você faz aquilo com segundas intenções. além disso, ninguém acredita em você, porque eles só te conhecem por aquilo que eles ouviram dos outros e não quem você realmente é.

cidades infinitas: 
durante a coletânea "espinhos macios" (vou postá-la algum dia aqui), eu senti que a vida vivia me fazendo essa pergunta: "josé, você escreve pros outros ou pra você?" e a resposta era simples: "não sei". por conta disso, eu decidi dar uma sumida para refletir sobre isso e o resultado foi a criação desse poema. eu acho que ele é a síntese desse processo da criação de "2017: sou o que penso que sou". pra concluir, "cidades infinitas" é uma metáfora para a imensidão que eu sentia dentro de mim. eu não parava de escrever e sempre pensava no ambiente urbano. por isso, decidi nomear o poema assim.

#33: 
é simples: você já conheceu alguém que fez algum tipo de merda com você e ainda saía por aí falando que a culpa era sua? pois é, isso aconteceu comigo e eu decidi dar uma resposta bem curta e grossa. a única coisa que muda é que isso não me importa mais. eu consegui me estabilizar e você nunca mais vai me derrubar. 

                                                                                                                                                                                                                 -j.v
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