Henrique
Henrique: Príncipe do Lar,
Infante da pátria, Senhor de Portugal,
Que por sua ordem, dono d'Além mar.
Senhor, não vistes o seu sal?
Cavaleiro não de torneio.
Guerreiro, sim, de peleio.
Contra a Maura lança, ora nem mais.
Porém, verdadeira glória lançada de cais.
Mas, Senhor... Não vistes o seu sal?
Não são só lágrimas de Portugal...
Lagos. São lagos delas fartas.
Com o mar e as suas ondas partas.
Partas nô mais por obra
De quem a mão nos guia a glória,
De quem pera nós o Bojador dobra,
Cabeça que pronuncia vitória.
Cabeça régia no cavalo branco
De grifo sério descaradamente triunfal.
Indiferente não ouvis o pranto
E arrecadais o quinto abismal.
Cumpriu-se o mar e a terra se uniu.
Redonda e esbelta por louvor...
Mães dos filhos se dividiu...
Como pudestes, Senhor?
Tal miséria não foge a crónicas.
O sinal não é este, não é este mal
De nenhumas bases canónicas.
Senhor, é por isto, é por isto que se falta cumprir Portugal.
Como pudestes aceitar quinhões
Em nome de Cristo na sua mão?...
Como não berrastes contra os grilhões,
Ó Príncipe da Ínclita Geração?
Infante da pátria, Senhor de Portugal,
Que por sua ordem, dono d'Além mar.
Senhor, não vistes o seu sal?
Cavaleiro não de torneio.
Guerreiro, sim, de peleio.
Contra a Maura lança, ora nem mais.
Porém, verdadeira glória lançada de cais.
Mas, Senhor... Não vistes o seu sal?
Não são só lágrimas de Portugal...
Lagos. São lagos delas fartas.
Com o mar e as suas ondas partas.
Partas nô mais por obra
De quem a mão nos guia a glória,
De quem pera nós o Bojador dobra,
Cabeça que pronuncia vitória.
Cabeça régia no cavalo branco
De grifo sério descaradamente triunfal.
Indiferente não ouvis o pranto
E arrecadais o quinto abismal.
Cumpriu-se o mar e a terra se uniu.
Redonda e esbelta por louvor...
Mães dos filhos se dividiu...
Como pudestes, Senhor?
Tal miséria não foge a crónicas.
O sinal não é este, não é este mal
De nenhumas bases canónicas.
Senhor, é por isto, é por isto que se falta cumprir Portugal.
Como pudestes aceitar quinhões
Em nome de Cristo na sua mão?...
Como não berrastes contra os grilhões,
Ó Príncipe da Ínclita Geração?
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