A fatura.

(No jardim dos bancos, Brasil)

 

De tanto olhar as contas seu olhar
Esmoreceu e nada mais aferra.
Como se houvesse só contas na terra:
Contas, apenas contas para pagar.

 

A onda andante e flexível do seu custo
Em círculos concêntricos só cresce,
Dança onerosa em torno a um ponto oculto
No qual um grande impulso se encarece.

 

E, sim, todo dia o fecho da carteira
se abre em silêncio. Outra conta, então,
na tensa paz dos músculos se instila
para morrer creditada no cartão.
94
2

Mais como isto


Bani Nan
poema interessante
21/junho/2022

Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores