

Bianca Lopes
Menina em rascunho. Um dia publico minha edição definitiva.
2002-07-11 Rio de Janeiro
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Zumbido
Há dias que este zumbido
Fala incessantemente
Ao pé do meu ouvido
Me acompanha pelas esquinas e bares
Em casa ou na rua
A todo momento, em todos os lugares
Não é qualquer zumbido
Porque zumbidos não têm voz
E este meu camarada fala destemido
Sem rédeas nem pudor, com um som atroz
Me fala palavras perturbadoras
Acorda e grita durante a noite
Já fez sua morada nas minhas têmporas
Quando menos espero, me leva ao açoite
Temo que já não posso viver sem este inconveniente
Mato-o para que eu possa viver em paz com minha mente
Sujo, mal-amado, incansável zumbido
Vive para me fazer morrer, íntimo inimigo
Fala incessantemente
Ao pé do meu ouvido
Me acompanha pelas esquinas e bares
Em casa ou na rua
A todo momento, em todos os lugares
Não é qualquer zumbido
Porque zumbidos não têm voz
E este meu camarada fala destemido
Sem rédeas nem pudor, com um som atroz
Me fala palavras perturbadoras
Acorda e grita durante a noite
Já fez sua morada nas minhas têmporas
Quando menos espero, me leva ao açoite
Temo que já não posso viver sem este inconveniente
Mato-o para que eu possa viver em paz com minha mente
Sujo, mal-amado, incansável zumbido
Vive para me fazer morrer, íntimo inimigo
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