A poesia de JRUnder

A poesia de JRUnder

Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado. Poesia é alma. Alma de passarinho.

1950-03-07 São Paulo
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Águas límpidas


E no precioso baú onde guardamos os pertences da vida,
empilhamos um amontoado de momentos e atitudes,
caixas de alegrias e de tristezas também.
Lá estão as recordações da infância, o arrojo da mocidade,
as certezas que abandonamos...

As lições... Ah! As lições...

Por que deixamos de aprender e subestimamos a tantas lições que a vida nos ofertou?
Antigos sonhos amarrotados, largados no fundo do baú,
misturam-se às esperanças e aos desalentos. Nada mais importa.
É passado! Temos a viver o que nos reserva o futuro. Nada mais.
O amor é uma nascente inesgotável, de onde sorvemos forças para continuarmos a viver.
A deixarmos de amar, definhamos, perdemos o brilho do olhar, a expectativa do futuro.
Como água límpida e pura é o amor que desejamos e dele desfrutaremos desta forma se assim o mantivermos.
Águas incolores, insípidas e inodoras ou águas turvas. Não esperemos felicidade no amor contaminado com impurezas.
Entreguemos nosso amor em sua forma mais pura. Não imaginemos poder filtrar o amor impuro que recebermos.
Conheceremos do amor que temos a oferecer, mas não saberemos do amor que nos oferecerem, senão ao fim da vida, quando fecharmos a tampa de nosso baú.

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