

Carla Pais
Sou uma simples escrevinhadora. Alguém que talvez viva dentro das palavras.
1979-09-12 Paris
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Amar-te
Amar-te é inventar palavras que ficaram a faltar
em frases choradas, é ler-te o desejo abafado na
profundidade do olhar e adivinhar-te os pecados
intrínsecos numa carne por saciar. É sentir o sabor
dos teus beijos a nuvens de distância e num abraço
decifrar a intensa saudade submersa no tempo.
Amar-te é viver, como minhas, as dores mergulhadas
num peito que é teu, é beber-te as lágrimas do rosto como
se fosse de sede o meu estado. É fazer das minhas
míseras pernas o teu mais ansiado colo e dar-te os
meus ombros como a mais suave das almofadas.
Amar-te. Amar-te é contemplar cada pedaço da tua
pele fundida na minha, é desfazer camas com cheiro
intenso de linho e acariciar a manta que guardou a
nudez da alma. É desenhar poemas com gotas de suor
e neles descansar. Amar-te é tudo isto e ainda,
ler cada vírgula do teu silêncio.
em frases choradas, é ler-te o desejo abafado na
profundidade do olhar e adivinhar-te os pecados
intrínsecos numa carne por saciar. É sentir o sabor
dos teus beijos a nuvens de distância e num abraço
decifrar a intensa saudade submersa no tempo.
Amar-te é viver, como minhas, as dores mergulhadas
num peito que é teu, é beber-te as lágrimas do rosto como
se fosse de sede o meu estado. É fazer das minhas
míseras pernas o teu mais ansiado colo e dar-te os
meus ombros como a mais suave das almofadas.
Amar-te. Amar-te é contemplar cada pedaço da tua
pele fundida na minha, é desfazer camas com cheiro
intenso de linho e acariciar a manta que guardou a
nudez da alma. É desenhar poemas com gotas de suor
e neles descansar. Amar-te é tudo isto e ainda,
ler cada vírgula do teu silêncio.
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