Frederico de Castro

Frederico de Castro

Escuto o sentir das palavras e então esculpo-as nos meus silêncios, dando-lhes vida forma e cor. Desejo-as, acalento-as, acolho-as,embelezo-as sempre com muito, muito amor…

1961-06-20 Bolama
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Talvez em Abril...


Talvez em Abril o dia fotografe aquela luminescência
Tão tosca, tão inacabada…quase sempre inimputável
E numa cilada algeme cada sorriso tântrico e insaciável

Talvez em Abril eu esconda das palavras uma rima mais viril
Sinta o rito das minhas angústias orquestrar cada eco febril
E à porta do céus duas lágrimas desabem num aguaceiro tão gentil

Talvez em Abril os cravos renasçam livres, mágicos tão esfomeados
Ali um heroico sussurro, desmantelará um rubro afago assoreado
Exuberante incitará o tempo a eternizar cada desejo, cada beijo enamorado

Talvez em Abril eu pincele os céus de azuis tão plissados, coloridos e afáveis
Num relance melódico cada hora apascente todos os imperdíveis sonhos imutáveis
E num close final faça adormecer o silêncio detido no antro das palavras inimagináveis

Frederico de Castro
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