Respostas e Ações Para a Questão Primordial
Acorda, um homem comum,
Emaranhado nas teias de preocupações:
Conta bancária rasa, corpo esmorecido,
Saúde em urgentes aflições, cenário desolador.
Surge a pergunta existencial,
A verdadeira questão filosófica:
"Vale a pena viver?"
"Por que não tudo se esvair?"
"É hora de se libertar de toda agonia?" -
Sussurros no silêncio do desespero.
Busca organizar os pedregulhos,
Colocar os problemas de forma
Que caibam na prateleira da paciência,
Novamente insiste em desenvolver
Hábitos que sejam combustíveis
Que alimentem a persistência,
Não sucumbir à vida incerta.
Fraqueza, cansaço, desânimo,
Companheiros constantes no dia-a-dia,
Obstáculos do árduo caminhar.
Mais uma vez, a cruel indagação,
"Por que não?" a lhe recordar.
Mas ele persiste, em teimosia e vontade,
A abafar no peito a atormentadora pergunta.
Assim segue o homem comum,
Na batalha contra o mal-estar,
Tentando desvendar o sentido,
Na espiral de desilusão e cansaço.
Com ideias sombrias, a mente aflita,
Sentindo doenças e situações corriqueiras Roubar-lhe o bem-estar, as responsabilidades pesando.
Em alguns momentos de ânimo tenta
Encontrar significado na conexão com os outros,
Nos sentimentos, nos momentos prazerosos.
Cansado, dolorido, desanimado há dias,
Tenta, mesmo com o crânio desolado,
As vértebras de otimismo esfaceladas,
O corpo dando sinais de fraqueza,
Se renovar e abraçar mais uma vez a vida com fervor.
Tentando recordar que a vida, mesmo absurda,
Carrega em si a beleza do continuar,
Em gestos de amor e contentamento.
Memórias sussurram ao seu ouvido,
Que o absurdo não é o fim,
Mas o recomeço de um viver,
Onde o homem cria seu próprio caminho.
A vida, mesmo em meio ao caos,
Oferece momentos de prazer,
E que em instantes de significado,
Que se encontra a força para continuar.
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