tarique

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Administrador, Escritor, Fotógrafo, Ama Livros, Flamenguista, Curte contar e apreciar boas histórias e experiências de vida...

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Será que tem volta?

Aventurei-me nas terras tupiniquins de que tanto minha mãe sempre falava... Durante o Carnaval, não me fiz de rogado e tratei de comprar a minha passagem para me inebriar do samba que rolava solto por lá, mas também de todo o clima festivo que ecoava durante este evento singular no Rio de Janeiro.
Devo confessar que o clima boêmio daqui de Madri me apetece mais, todavia o do Rio aparenta não ficar muito atrás... Desde pequeno, minha progenitora sempre me falava com nostalgia do quanto ela adorava essa época do ano em sua terra natal, onde podia aproveitar toda a festa e bonança que havia pelas “calles” do Brasil... Então resolvi tirar a prova e ver com meus próprios olhos desta vez!
Despedi-me de meus pais e, em fevereiro, fui prontamente ao aeroporto, ansiando por vivenciar tudo aquilo que era reportado para mim de longa data... Além de Martinho da Vila, Zeca Pagodinho e afins não me serem desconhecidos, pois desde a barriga de minha mãe sou apreciador desse ritmo que embala as minhas raízes.
Quando termino de cruzar o Atlântico, na saída do aeroporto já consigo me inebriar com os batuques que ocorriam pela rua. Busco informações de como seria a melhor forma de chegar ao sambódromo e tentar ver pelo menos um dos dias do desfile das escolas de samba.... Consigo chegar em tempo de ver a segunda escola a desfilar e só saí dali depois do sol raiar...
No segundo dia, já tinha adquirido os ingressos antecipadamente e pude usufruí-lo de camarote. Todavia, confesso não ter sido uma experiência das melhores, pois me senti muito preso e gostei mais de ontem, quando pude estar no meio da galera – onde me sinto muito melhor e mais vivo!
Como lembrança especial, levarei comigo ter conhecido uma moça muito especial... Além dela ter me oferecido informação no aeroporto, ainda me deu carona, já que estava indo com alguns amigos para o sambódromo justo naquela ocasião. Quem diria?! Pudemos usufruir do desfile juntos e pude demonstrar também o quanto eu “tinha samba no pé” (risos)...
Após o término do segundo dia de desfile, no qual não pude vê-la, voltamos a nos encontrar na Lapa – por coincidência do destino? Acabei convidando-a para dançar e pudemos conversar mais e nos aprumar. Perguntei se podia acompanhá-la até em casa porque já era tarde e naquela ocasião ela tinha ido sozinha para a Lapa... Aceitou e, beirando a porta de sua casa, um beijo rápido me tascou!
Mal notei e quarta-feira de cinzas já era, passou muito rápido durante esse turbilhão... Levo comigo muitas memórias, não volto para Madri o mesmo mais não... De tudo que minha “madre” falava, tive muito melhor impressão. Olho enternecido pela janela do avião que de volta me leva.... Levo o gosto da bela dama comigo, será que volto depois do próximo verão?



 

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