tarique

Tengo pelo canoso

¿Llegué a este color a esta hora?

¿Voy a salir corriendo?

¿Qué voy a hacer ahora?

Mudamos do grande para o pequeno

Do local de trabalho levamos nossa estação

O trabalho, outrora longe de casa

Passou a caber na residência onde depositávamos nosso colchão

                                  

Uma nova rotina,

Um “novo normal”

Nos fez mudar hábitos

O que antes era diferente tornou o coletivo igual

 

Um acessório tornou-se parte integrante da face,

Cobrimos o rosto como forma de luta

O vírus que botou o mundo em quarentena

Levou a vida de muitos, impondo manuais de conduta 

 

As horas diárias foram se perdendo

A rotina se tornou ainda mais maluca

Trabalhando à distância, mais tempo foi dispendido

Ter de ficar à disposição e vender sua cuca

 

Estar em casa se tornou o álibi perfeito,

Para jornada com hora para começar, mas sem fim

Labores intermináveis, infindáveis tarefas

A barreira se esvaiu entre o trabalho e a mim

 


Epílogo: Agradeço ao Peter Leahy pelas resenhas e por me proporcionar essa ideia e inspiração.

Sí, acá estoy
Lejos de tus brazos
No veo tu embarazo
Me quedo sin tus abrazos


Desaparezco, de ti corro
La cara de mi hijo no quiero mirar
Nuestra relación fue linda
Pero la quiero olvidar


Confundido estoy ahora
Sí, deseo estar con usted
Pero cómo haremos ahora
¿Tú, yo y ahora un bebé?


Con la garganta seca y los ojos llenos de lágrimas
Pienso en ti para regresar
Después de todo que hemos pasado...
¿Será que aún haremos un hogar?

Me perdi de mim?

Não sei

Seguir acreditando em ti?

Sonhei

 

Caminho pelo mundo procurando as respostas

De ti nada sai, dentro de ti tento encontrar

Estaria eu, em mim, perdida?

Procuro, tento essa questão sanar

 

Lidar com esse turbilhão interno

Como vou o equilíbrio encontrar?

Se de dia penso em nós

E de noite tento me reencontrar?

 

Sigo (viva?) aqui persistindo

Tentando pôr fim nessa história arrastada

De tua existência sigo sendo sombra

O que será de nós, diga-me, camarada?

 

 

 

Aqui nasci, aqui vivo
Comecei nestas terras com imenso despertar
De lá a cá fazem três décadas
Sigo nessa jornada salutar

Imensidão, vários Brasis em apenas um
Aqui há chuva, frio, calor e solzão
Primavera e outono mal fazem frente
Às geadas de inverno e ao escaldante verão

O que você plantar, nasce
Terra fértil por demais
Famosos também somos pelo Carnaval
Pelo futebol estampamos as capas de jornais

Biodiversidade única, diria magnífica!
Amazônia, Pantanal, caatinga e cerrado
Vários nichos reunidos num só...
Tem como não ficar apaixonado?

Aquela que te reconhece pelo olhar

Aquela que sempre te dá a mão

Que quando nota sua presença se apaixona

Quando os olhares se cruzam, transborda o coração

 

Auxilia durante sua jornada

Consegue ser parceira em sua decisão

Que caminha na jornada da vida ao seu lado

Durante a vida de ambos, vivencia contigo a emoção

 

Independente da estação que esteja

Dos desafios que a vida venha a te dar

Quer seja noite, quer seja dia

Que ela consiga se aventurar contigo e se adaptar

 

Não a perca quando a encontrar

Mantenha-a contigo, não vá perder isso

Tenha ela contigo, bem próxima

Ou então terás apenas em sua vida rebuliço

Tente outra vez, novamente
Tente mais uma vez
Tente de novo, somente tente
Ainda que seja pela última vez

Visões desconstruídas
Tudo nublado
Tudo torpe
Céu nada azul

De Paris ao Cairo
De Brasília à Camberra
De Ottawa à Santo Domingo
De Estocolmo à Istambul

Jamais desista, jovem consciente
Não volte atrás em sua decisão
O mundo tem falhas, mas também tem acertos
Tente, ainda que seja pela última vez então

CUSTO A ACREDITAR QUE O HOMEM VALHA O QUE TEM

PACERE QUE VALE SEUS BENS PARA FORMAR UM HARÉM...

SOMENTE AO CONSTRUIR UM IMPÉRIO NOTAM-TE COMO ALGUÉM

OU TENS DE PARECER O QUE NÃO ÉS PARA DEIXAR DE SER REFÉM...

 

CANSADO DE TANTA FARSA, PRAZER SUPERFICIAL

INSTINTOS ACALORADOS, SATISFAÇÃO DO PRAZER CARNAL

SERIA EU ANORMAL? TAMBÉM SOPRO COM TENTAÇÃO FATAL

MAS NÃO CONSIGO ME CONFORMAR EM COMO SE TORNOU BANAL

 

CONTINUO TENTANDO ENTENDER A CAUSA DA SITUAÇÃO

QUANDO AS COISAS SE RESUMIRAM A ATO E CONSUMAÇÃO?

RESISTO A ADENTRAR NESSE UNIVERSO DE CONFUSÃO

ISSO SEM ENTENDER O TURBILHÃO NO MEU CORAÇÃO...

 

PESADO, FATIGADO, INSTIGADO, CHATEADO

AS COISAS PARECEM TÃO SIMPLES, ENTÃO POR QUE ANDO DESESPERADO?

CORAÇÕES MUNDANOS, ATABALHOADOS

SINTO COMO SE NADASSE CONTRA A MARÉ, DESTACADO

 

FRUSTRAÇÃO? NOSTALGIA? MELANCOLIA?

SIGO TENTANDO ENTENDER ESSA ROTINA

ENQUANTO TODAS À BASE DE ALGAZARRA E FOLIA

SIGO BUSCANDO A PAZ AO FINAL DE CADA DIA

 

TARIQUE OU T.Q.

Que histórias você conta?

Que histórias você tem para contar?

Estirado, amanhecido

Feito par de chuteiras velhas na fiação a balançar

 

Sem aquele vigor de outrora

Todavia mais experiente

Está de passagem pela vida

Nela, a cada dia mais descrente

 

Cogita se entreter no mundo vil

Os vícios seriam sua companhia

Mas será que acordaria

Para ver mais um belo dia? 

 

Olhe para trás e de tudo nefasto desiste

Decida dar mais uma oportunidade para vida

Levanta do chão, limpa seus trajes

Pega a próxima avenida

 

Sementes seguem sendo plantadas,

Quiçá de esperança, eu diria

O que hoje o corona nos aflige

Será uma distante memória um dia

 

Como outros eventos na história

Assolaram muitos, uma multidão

A nível mundial, global inclusive

Encaminha-se outra recessão

 

Tempo de rever conceitos,

Tempo de mudar para melhor

Para reanalisar bases

E o mundo todo se tornar melhor

 

Um mundo unitário, mais uno

Por força inclusive da ocasião

Se todos derem as mãos

Passaremos rápido, de prontidão

 

Uma era jamais vista antes,

Um novo olhar sobre o que é normal

O que nos aguarda adiante?

Vivamos e saibamos distinguir o mal

 

Uma sorrateira e expansiva doença

Que hoje não se sabe com exatidão

Levou muitos entes queridos

Rápido, fugaz, sem aviso de antemão

 

Viveremos bons momentos futuros

Reviveremos as nostalgias

Das boas coisas da vida

Um mundo banhado em mais sinergia!