Já é madrugada
A força não é tudo o que me move,
a espalhar as cores com que te pinto.
A tela não é toda a minha insónia,
os olhos já não vêem o que sinto.
O tempo, já não corre a meu favor,
a luz vai-se apagando na memoria,
por entre cinzas, fumo e calor
o amor vai perdendo toda a gloria.
E no calor do fogo em que ardeu,
a tua imagem e a minha mão
muito se ganhou e se perdeu,
a espalhar as cores com que te pinto.
A tela não é toda a minha insónia,
os olhos já não vêem o que sinto.
O tempo, já não corre a meu favor,
a luz vai-se apagando na memoria,
por entre cinzas, fumo e calor
o amor vai perdendo toda a gloria.
E no calor do fogo em que ardeu,
a tua imagem e a minha mão
muito se ganhou e se perdeu,
na claridade de um novo dia,
subtraindo ao amor a perfeição
que a penumbra da noite sugeria.
subtraindo ao amor a perfeição
que a penumbra da noite sugeria.
Manuel Santos Abril 09
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