Zé Preto
Jogaram o Zé Preto no lixo.
Envergaram a coluna do Zé.
Nunca vi nada igual.
Deve existir por aí, mas eu nunca vi.
Subindo uma ladeira,
O Zé, se quisesse andar de quatro pé,
Era só estender os braços para onde o nariz apontava.
Ele tinha que fazer contorcionismo
Era pra olhar pro céu.
O Zé Preto era um homem envergado
Pelo peso nas costas de seus ascendentes.
Lançar o recém-nascido no lixo
É a continuação de uma história.
Os proprietários da mãe do Zé
Precisavam de comida na mesa,
Roupa lavada e casa arrumada.
Jogaram o Zé Preto no lixo.
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