Panapanã
Não têm mãe, nem têm um pai
na brevidade dessa vida
que brotou já colorida
sob o morno sol do ar
Pura seda, finas pétalas
se acenam de par em par
floreiam voltas incertas
pra em nova cor repousar
Beijam flores encantadas
com o sumo deste beijo
e na fome do desejo
querem mil flores beijar
Se de pólen fecundadas
sementes vão semear
sobre folhas como fadas
perolinhas de um colar
Sete noites, sete dias
cumprem a sina de voar
belezas recém-nascidas
para um breve farfalhar
E findada a primavera
se despedem do luar
e com o todo que se altera
vão ao pó do pó voltar
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