A poesia de JRUnder

A poesia de JRUnder

Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado. Poesia é alma. Alma de passarinho.

1950-03-07 São Paulo
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Deixe

 

Deixe...

Deixe que mergulhe nesse poço sem fim, dos incompreendidos.
Lá onde padecem as palavras vãs e os gestos vagos.
Lá onde o silêncio canta aos ouvidos dos surdos
E a angústia aguça a visão dos cegos.

Prometo não dizer nada enquanto falar
coisas que engasgam enroscadas em minha revolta.
Nada quero ou espero que compreendam 
e nem espero na verdade, que ouçam.

Se me compreenderem, serei comum
E me refugiarei no mundo dos iguais, 
No mundo dos que dizem amar, mas apenas desejam... 
Que dizem se importar, mas apenas observam.

Deixe...

Que meu olhar se perca no infinito, sem nada ver, 
A não ser esta razão mesquinha que me domina, 
De ter um pensamento só meu, único pertence
Do qual a vida jamais me afastará.

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