

Samuel da Mata
Nasci e cresci pobre, mas não tenho vergonha disso. Sofri na pele as injustiças da pobreza, mas mesmo assim vivi feliz pois não conhecia a sua verdadeira fonte. Saudei heróis forjados na podridão, mas vestidos no linho fino do engodo e da publicidade paga.
1965-10-17 Aracaju
159025
2
11
NÃO SOU POETA
Nunca consegui explicar o choro das flores
Nem dizer por que as lágrimas sucedem ao riso
Nunca entendi por que me fogem as palavras
Quando nos teus olhos eu vejo o paraíso
Não sei por que alguém maltrata uma criança
Ou perde pelos velhos o amor e o carinho
Não sei explicar de minha vida os desencantos
Nem porque das rosas só colhi espinhos
Assim, sou só lágrimas colhidas na jornada
E o registro roto de mais um peregrino
Que ansioso espera pelo sorriso da alvorada
Quando em rósea aurora o Sol vem surgindo
Nem dizer por que as lágrimas sucedem ao riso
Nunca entendi por que me fogem as palavras
Quando nos teus olhos eu vejo o paraíso
Não sei por que alguém maltrata uma criança
Ou perde pelos velhos o amor e o carinho
Não sei explicar de minha vida os desencantos
Nem porque das rosas só colhi espinhos
Assim, sou só lágrimas colhidas na jornada
E o registro roto de mais um peregrino
Que ansioso espera pelo sorriso da alvorada
Quando em rósea aurora o Sol vem surgindo

552
0
Mais como isto
Ver também
Escritas.org