Samuel da Mata

Samuel da Mata

Nasci e cresci pobre, mas não tenho vergonha disso. Sofri na pele as injustiças da pobreza, mas mesmo assim vivi feliz pois não conhecia a sua verdadeira fonte. Saudei heróis forjados na podridão, mas vestidos no linho fino do engodo e da publicidade paga.

1965-10-17 Aracaju
156920
2
11

DOR DO OUTONO

O outono chega, vão-se as folhas, róseas ou amarelas

Uma melancolia profunda invade a alma da floresta

A luz entre troncos desnudos, expõe-lhe as mazelas

Glamour vazio, efêmeras folhas, nada mais lhe resta


Murcham, desapegam e caem, entregam-se ao vento

Pouco importa a sorte da árvore que lhes deu provento

Sucumbem só da expectativa de ter enfrentar o frio

Sugaram o que puderam, mas seu cerne inda é vazio


Prefira os galhos às folhas, oh árvores sofridas

Estes não te abandonam quando for dura a vida

No separar da foice, choram seivas de verdade

E no arder do fogo, gritos sinceros de saudade


1058
2

Mais como isto


Alma Gort
Delicia de versos, saudades amigo poeta.
15/setembro/2014

Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores