Pelo abandono uma lágrima E uma lágrima pela saudade
Pelo abandono uma lágrima
E uma lágrima pela saudade
São desejos emaranhados, suplícios de alguém que me sussurra ao ouvido e que de certa forma tudo quer dizer mas o sufoco da solidão nada deixa soletrar.
Cantigas de outrora, cantadas num passado longínquo, agora em eco através de um vento fugidio e desassossegado, tal como as almas que o guiam.
Vidas idolatradas...mas esquecidas, algures num jazigo se assim tiveram essa sorte, outras perdidas por aqui ou por ali:
Não temam, não renunciem, porque nós fizemos parte da vida e hoje lá permanecemos, embora para lá da linha do horizonte.
São estes os pequenos murmúrios que as águas revoltas do mar e do rio, que o vento inquietante me vai largando na mente. São histórias de gentes da minha gente, lágrimas que já não são salgadas, mas que vertem em todos os rios, proclamando a sua existência na ausência.
Não me sinto só, mas sinto dó de quem já esqueceu os primeiros passos, os primeiros beijos, os primeiros abraços, de quem já esqueceu a origem das suas lembranças.
Valha-me estes campos verdejantes, onde nela se respira liberdade e esperança. Valha-me o mar e o rio onde o despejo da alma se refresca e se reencontra com velhos amigos e se brinda à amizade que é eterna.
....
De Maria Rosa Santos Alves, 24 de Outubro de 2011
E uma lágrima pela saudade
São desejos emaranhados, suplícios de alguém que me sussurra ao ouvido e que de certa forma tudo quer dizer mas o sufoco da solidão nada deixa soletrar.
Cantigas de outrora, cantadas num passado longínquo, agora em eco através de um vento fugidio e desassossegado, tal como as almas que o guiam.
Vidas idolatradas...mas esquecidas, algures num jazigo se assim tiveram essa sorte, outras perdidas por aqui ou por ali:
Não temam, não renunciem, porque nós fizemos parte da vida e hoje lá permanecemos, embora para lá da linha do horizonte.
São estes os pequenos murmúrios que as águas revoltas do mar e do rio, que o vento inquietante me vai largando na mente. São histórias de gentes da minha gente, lágrimas que já não são salgadas, mas que vertem em todos os rios, proclamando a sua existência na ausência.
Não me sinto só, mas sinto dó de quem já esqueceu os primeiros passos, os primeiros beijos, os primeiros abraços, de quem já esqueceu a origem das suas lembranças.
Valha-me estes campos verdejantes, onde nela se respira liberdade e esperança. Valha-me o mar e o rio onde o despejo da alma se refresca e se reencontra com velhos amigos e se brinda à amizade que é eterna.
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De Maria Rosa Santos Alves, 24 de Outubro de 2011
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joao_euzebio
Maria que poema bonito que alma iluminada voce tem pois voce retrata com muita sabedoria a solidão a saudade o desejo... parabéns
25/outubro/2011
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