Soneto da passagem
Nestes incertos caminhos que é vida
Cheio de rumores, lágrimas e pesares
Encontro-me eu, nas páginas não lidas
Do tomo Um dos livros dos mares
E sobre as brisas não vindas em vão
Envolto-me todo de alegria afável
Nos perdidos sonhos encontro-te as mãos
Que das agonias a prazeres traz-me
Mas poucos segundos de vida me resta
Que de tão distante já ouço a sonora
Música funesta que a todos abala
E que só a mim é meiga senhora
E com olhar frio e suor na testa
Fecho os meus olhos por tarde demora
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