Danilo  de Jesus

Danilo de Jesus

1998-11-22 vitoria da conquista
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Tédio

A falta de sentir o que não houve é tão vazia como  saber que tudo que se quis não passou de não passar de nada, tão apática quando a ausência da falta de sentir falta de coisa alguma que fosse! Em momentos assim, a alma cai sobre a vida, como se fosse um doce de uma criança e que a realidade em seguida pisasse nele!                                                                      Dói saber que saio para a vida sem realmente sair, mas que parado fico onde estou esperando que a vida que não tenho me
tenha. A angústia deixou de ser luxo físico da alma, para  ser coisas físicas do mundo, como ao os livros que eu insisto em comprar sabendo que em nunca os lerei e que só os vejo na estante e os sinto, não como livros, mas sim como angústia!
O tédio abafado da vida que sabe que morre a cada dia, cai sobre mim como se fosse o calor do dia já abafado, então tiro a camisa, como se tirasse todas as pétalas da flor do meu existe, mas de frio volto atrás como a morte pedoando   os suicidas. 
Mas olho para uma flor morta ao chão, sobe o calor do abafado dia, e sei que nem ela ou o dia se deram um pelo o outro. Depois me vejo me sigo e me penso... – que a beleza da vida não tem nada como o meu triste existir.

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