A falta de sentir o que não houve é tão vazia como saber que tudo que se quis não passou de não passar de nada, tão apática quando a ausência da falta de sentir falta de coisa alguma que fosse! Em momentos assim, a alma cai sobre a vida, como se fosse um doce de uma criança e que a realidade em seguida pisasse nele! Dói saber que saio para a vida sem realmente sair, mas que parado fico onde estou esperando que a vida que não tenho me
tenha. A angústia deixou de ser luxo físico da alma, para ser coisas físicas do mundo, como ao os livros que eu insisto em comprar sabendo que em nunca os lerei e que só os vejo na estante e os sinto, não como livros, mas sim como angústia!
O tédio abafado da vida que sabe que morre a cada dia, cai sobre mim como se fosse o calor do dia já abafado, então tiro a camisa, como se tirasse todas as pétalas da flor do meu existe, mas de frio volto atrás como a morte pedoando os suicidas.
Mas olho para uma flor morta ao chão, sobe o calor do abafado dia, e sei que nem ela ou o dia se deram um pelo o outro. Depois me vejo me sigo e me penso... – que a beleza da vida não tem nada como o meu triste existir.