Canto

I

Na distancia do reencontro
As águas turvas cavam o chão
Do meu rosto na minha mão

As marcas do céu infinito
Sobre mim desaba inteiro
Em meus olhos rios corriqueiros

A criação do mundo belo
A visão do mar tranquilo
Fantasia do meu idílio!

Oh! Como sofre meu peito
Como das mágoas coberto pesa!
Funda e só é minha tristeza.

II

São meus sonhos ilusões perdidas?
São meus olhos fantasmas vazios?

Na solidão que existo
Chove lágrimas tristes;

Meu peito aperto
Meu dia mentira
Tristeza! Me deixe livre, me deixe rir!

III

Cantava o dia pelo bico do passarinho
Prometia alegrias para o meu destino;
Cantei sozinha minha canção verdadeira
A minha solidão de forma inteira.

Frio meu corpo geme por um carinho
Mesmo falso mesmo indigno;
De forma qualquer, de qualquer maneira
Um sol que me aqueça e me queira.

Sigo agora em meio às folhas do caminho
Canto um canto novo feito de vinho;
Triste meus dias passam na beira
Do abismo que chama pela minha caveira.

2009
570
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joao_euzebio
Este teu canto tem a verdadeira chama do amor da tristeza da alegria e da dor. está lindo parabéns
10/abril/2012

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