não me falem do tempo...

Não me falem do tempo
Atormentam-me os receios
A saudade entranhada em
mim vive
Não me falem do tempo
Povoa os meus sonhos,
os meus devaneios.
E se ilusões tive?

São agora rios de desespero
Partiram as esperanças
Mas eu espero
Pelas folhas que hão-de verdejar
As lembranças, hão-de voltar!

E hão-de rebentar flores
Passarão rios a cantar
Hei-de lembrar todos os amores
Até o derradeiro olhar apagar.
É grande a minha esperança
Meus olhos são ainda os da criança
Onde habitam assombros

Ainda acreditam na felicidade
Ainda que carregue nos ombros
Uma menina morta de saudade.
Se meus olhos partirem
Minhas mãos caírem
Com tantos cansaços
Não me falem do tempo
Deixem que siga meus passos
Que mais dias possa colher
Que sejam seara de trigo a
crescer.

rosafogo
natalia nuno
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