Árvore do renascimento
Contemplo a dança dos entes angélicos semelhantes
Em redor da árvore frondosa do renascimento
Vislumbro a agitação harmoniosa da ramagem
Mesmo na estação cinzenta de temporal
Onde se afundam determinadas e austeras as raízes
Procurando a escuridão qual abrigo do vendaval
Caindo as folhas em perfeito desmaio adubando a terra
Onde as criaturas subsistem em gigante estendal
Que onda raivosa agitada e tresloucada
Inunda impiedosamente a Terra
Erguendo-se em espuma esbranquiçada
Destruindo indiferente as arribas
Raptando a suave e frágil areia
Deixando a embarcação humana encalhada
Onde se perpetuam e escondem subtilmente
As sementes diminutas e subtis da vida
Porventura lá no alto da montanha tamanha
Que as prende as acolhe e lhes dá guarida
E eu efemeridade andante em tronco persistente
Teimosamente flutuo na corrente à deriva
As criaturas que esquecem a ligação à árvore mãe
Esfumam-se em fantasmagoria esquecida
Desprezando o elo a unidade que nos vincula a todos
A luz do amor nesta existência corrompida
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