Ana Maria Oliveira

Ana Maria Oliveira

Portugal Alto Alentejo Portalegre
3548
0
2

Felicidade


Orienta-me os passos pelas estradas infinitas
Impregnadas de neve cinzenta onde o frio
Corta os sentidos deixa os animais desauridos
E as criaturas mais desprevenidas sem abrigos
Elucida-me nas encruzilhadas da vida
Nas decisões sem devaneios ingratos
Sem demoníacas ilusões
Para que o meu olhar recaia como dois faróis
Sobre os outros e o mundo como sóis
Abraço-te em estado de alma sereno
Como se a dádiva da vida bastasse em plenitude
Pois o milagre do acontecer requer sensatez
Aceitação desfrute entrega atitude
Retalho-me em felicidade e deixo correr
O rio da descrença para o mundo da escuridão
Distendo-me na alegria que prometi a mim mesma
Levanto o semblante para a lua e ergo-me mesmo em exaustão
Moldo em mim o castelo da paz onde permaneço
Mesmo na velocidade alucinante das criaturas
Em condição pedregosa eternamente errante
E nesta confluência do ser e do conhecer vai-se o tormento
E em reminiscências de estrelas longínquas
Inunda-nos em fogo o reconhecimento
371
0


Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores