sinkommon

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Escrevo porque não tenho nada para dizer. Escrevo porque preciso. Não tenho mensagens nem respostas. Não faz sentido mesmo. E sim, são coisas 'esquisitas' porque eu não sei fazer outra coisa.

1992-10-22 Coimbra
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Um escorvo



De manhã a solidão,
enregela os braços e as pernas,
em bafos gélidos de primaveras.
Dos corvos a canção.

Sou eu que aqui estou,
mas não quero estar.
Não preciso de estar.
Um estorvo, o corvo cantou.

Abandono, só.
Um veleiro roto à deriva.
No oceano vasto.
A superfície vazia.

A torre sombria caída,
onde ainda vive o tormento,
Insistente com a vida,
persistente com a morte.



Escrito a 26/04/2018
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