nannaandrade

nannaandrade

é estudante de Letras na Universidade Estadual do Maranhão

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Múltiplas paisagens

se me queixo é em vã hora
sob cacos de denúncias líquidas
e espelhos de catedrais ocultas
não me descrevo nos mínimos detalhes
nem me enlaço em fúteis palavriados

(finge a esfinge paralisada no alto do prédio
de olhar petrificado analisa os humanos)

regozija no silêncio noturno
os meios dias em pico de sol na veia
estremece nas ladeiras o horizonte infinito
o coração de pedra não bate mais a porta

por livre acesso nas horas vagas
e o assobio ensurdecedor da infância na boca do homem feito
desanima no toque dos dedos
as palavras em segredo que saem no vazio em desespero

e as incertas saudades da vida
escondidas na alma
atropelam as janelas abertas nos pátios da cidade
em pleno voo livre das aves

a fita no dedo traz lembranças de amores passados
desamarra as frágeis esperanças de um instante seguro em teus braços
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