

Julio Anderson
20 outonos, terminando o ensino médio (meio atrasado mas firme). Canceriano, e 100% hipster pseudosocial. ♋
1998-07-08 Goiás
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🕐 Choro escrito de um detento
Esse é um daqueles típicos textos de madrugadas comuns, que o fazem pensar no por que recebe-lo tal hora da noite, ou melhor... por qual razão alguém perderia seu tempo escrevendo-o. Sensato ou não, talvez seja um tempo que valha a pena perder...
Já reparou como admiramos canarinhos cantarem lá fora, quando nossa única maneira de enxerga-los é espreitando a falsa melodia de uma tão virtuosa alforria.
E o quão intenso o anil do céu cega os olhos, quando nas mais largas presunções, o mais próximo que estaremos dele, será quando seu choro igualar-se aos nossos.
Além das calêndulas aos campos vizinhos que estarão sempre adentro de nossos quartos mofados. Sumindo, indo e vindo, a mercê da tal brisa que sempre se nega a instigar.
Como todo e bom servo, sem uma carta de recomendação, que aguarda, se deita e espera, pelos dias de redenção. Amargando a folhagem negra, almejando o inalcançável, que somente nos é mostrado, quando a perdemos de vez.
Liberdade! Oh, pura largueza.
Cante, e dance pra mim, antes que de tu eu me esqueça...
Autor: Júlio Anderson
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