

Enigma do Silêncio
Quando escrevo deleito o que sou e traduzo gritos da alma com suavidade das palavras, ressuscitando todos versos embriagados de silêncio.
01 maio Maputo
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As lágrimas do Limpopo
Olhos húmidos, quentes, apavorados e doentes
observam taças negras Plantadas nas gargantas alheias.
As lágrimas transbordam
e plantam violentamente nostalgia
com excruciantes versos sem poesia
arrastando o milho que a fome mataria.
Limpopo, enche seu rosto de tanta lágrima
retesando seus caudais
esmerila a terra com o seu choro arrepiante
Finando vidas
engolindo casas, bens e materiais.
Com sua fúria, muitas famílias desgraçou,
sem misericórdia a pobreza multiplicou
tantas escolas e machambas inundou,
das crianças, o sorriso arrancou
e aos camponeses, um antro melancólico deixou.
Por Lod Undergraund e Narciso Baloi
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