Noite Inquieta

Me preparo então para dormir
E um forte vento balança brutalmente o meu barco
Continuamente, para um lado e para o outro
E por algum motivo, eu corro para os seus braços.
Deitado sobre o universo espaço de um velho descaso
Despreocupado, mas estou tão preocupado.

Pensamentos fluindo estilhaços que nem mesmo
eu faço ideia de como ainda estavam lá
Mas por algum motivo, permanecem naquele lugar
Talvez eu tenha cometido um erro, mas assim, tão vulgar? 

Você bem que poderia correr em direção aos velhos astros 
E apesar de tamanha frustração, eles irão ter compaixão
pois erramos em desejar, em acreditar em uma evanescente paixão.

Eu sei que eles apagariam todas aquelas falsas esperanças 
E nos salvaria dessas desagradáveis lembraças.

E essa noite eu estou encanrando o teto 
Como uma enorme tela que mostra todos os detalhes dela
Como falsas aquarelas de um quadro perdido em um alegre céu de
misérias.

O galo enfim canta para anuciar o novo amanhã incerto
E eu permaneço encarando o teto de olhos abertos.

Uma manhã incerta
Mais uma noite inquieta.






 












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