

A poesia de JRUnder
Natural de São Paulo.
Nascido a 07 de março de 1950.
A poesia não é um potro selvagem que possa ser laçado e domado.
Poesia é alma. Alma de passarinho.
1950-03-07 São Paulo
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Pelo olhar da poesia
Olhei as bombas que caiam, e faziam com que tudo voasse pelos ares.
Imaginei que fossem flores, abrindo suas pétalas enquanto refletiam raios de luz.
Vi bombardeiros sobrevoando céu e imaginei pássaros voltando ao ninho.
Vi mísseis cruzando o espaço para atingirem com precisão milimétrica seus alvos.
Logo imaginei colibris, na busca de seus cálices de mel.
Vi homens lutando com seus iguais, por simples opiniões diferentes.
Imaginei uma festa, com muitos abraços e alegria.
Vi canhões cuspindo fogo pelas bocas e logo imaginei fogos de artifício.
Vi milhares de soldados avançando sobre o exército inimigo.
Imaginei torcedores vibrando por mais um recorde quebrado.
Vi os desfiles militares demonstrando poder de destruição
Imaginei escolas de samba, cantando mais um carnaval.
Eu vi assim a guerra...
Enquanto nos jardins, as flores se espreguiçavam ao sol que na tarde caia,
E os pássaros voavam para seus ninhos, onde bicos entreabertos e gulosos os esperavam,
Centenas de beija-flores coloriam aquela manhã de primavera.
Crianças brincavam nos parques, em uma inocente alegria que esparzia tão somente o amor.
Enquanto no céu, um arco-íris se desenhava ainda tímido,
Nas praças, casais caminhavam de mãos dadas.
Nas vitrines, curiosos assistiam o final de mais um torneio.
Uma banda tocava, no coreto elevado, velhas canções carnavalescas.
As pessoas se respeitavam e cumprimentavam. Tudo era só vida, e alegria.
Eu, observando agradecia por ter descoberto em minha vida, a poesia.
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