

Carol Albuquerque
Em busca de saber que sou! Eu não sei o que quero ser, mas sei muito bem o que não quero me tornar Friedrich Nietzsche
1987-04-07 São Paulo
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Decadente
Como podes tu, ó ser mortal.
Levar a vida de um imoral.
Deixar na penúria os dias de sol.
Levando aos ventos seus maus pensamentos.
Como podes tu, deixar passar.
Os dias de luz se apagar.
Os dias de alegria se findar.
E na amargura se firmar.
Como podes tu, se deleitar.
Com luxurias, preguiças e cobiças.
Em areia movediça.
Deita-se sem pressa e sem medo de afundar.
Como podes tu, que um dia predestinado à grandeza.
Se põem a mesa com a escória que se rasteja.
Refuta-te a ti mesmo.
Que os Deuses em lampejo.
Possa te ajudar.
Ó pobre alma decadente.
Carol Albuquerque – São Paulo 17 de Julho de 2019
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