O Tempo

Silêncio
que grita e espera
Por uma voz que assoma e apega
De fazer poemas na espera
Desse amor que a mim se apega

Não saber desse amar a espera
E de uma dor que só agora se apega
Que pela alma se espalha, dilacera.
De só sofrer na espera

E quando à noite, finda a espera.
Há em mim um torpor que se agrega
Por um amor que assoma e se apega
Chegou o amor que de ha muito se espera

E de toda uma vida de espera
De uma dor que se agrega
De um torpor que dilacera
Nada mais importa.
Chegas-te.
Fim da Dor e da Espera

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